A infância é a melhor fase da nossa vida e muitas vezes a
gente nem sabe disso... Ainda bem que eu aproveitei muito bem a minha! Como
hoje é dia das crianças Eba! Quero presente! Quem liga se eu tenho 23
anos... resolvi falar de algumas coisas que marcaram a minha.
Eu vivi, até os dez anos numa casa que fica no mesmo terreno
da casa dos meus avós maternos. Nós não éramos vizinhos, morávamos no mesmo
terreno sem muros entre as casas. E a casa da minha tia era do lado.
Desde que me entendo por gente, meu avô é aposentado, então
como os meus pais, minha tia e o marido e meu tio trabalham, eu, meu irmão e
meus primos ficávamos à tarde sob os cuidados dos meus avós.
Então visualizem uma menina e quatro meninos – não um ou
dois, mas 4! – juntos, a tarde toda, cinco dias por semana. (Ah! E nossas
idades são bem próximas!) Brigas e discussões, gritos... Guerra. E eu não
apanhava fácil não, afinal, cercada de garotos, tive que aprender a bater
também.
Eu jogava futebol, mal, mas jogava. Pique esconde, brincar
do trepa, pega-pega, corrida de carrinhos de brinquedo, eram algumas coisas que
eu fazia com os manos – meus três primos mais velhos são meus irmãos também. ^^
Mas eles não brincavam de boneca comigo... Só que eu pegava
os bonecos deles para serem os filhos e maridos das minhas Barbies. =P
E quando a gente viajava junto?! Diversão garantida. Íamos
para a fazenda da nossa bisavó, que hoje é da Vovó, e para a praia. Detalhe:
meus avós viajavam sozinhos com nós cinco. Sem pai, nem mãe. Empregada? Para
quê?!
Daí vocês devem estar se perguntando como eles controlavam as
pestes os netos... Fácil! Quem desse trabalho, sabia que não iria na
próxima. Simples assim.
Outra coisa que eu fazia com meu irmão e meus primos era
assistir a finada que tristeza! TV Manchete: Cavaleiros do Zodíaco, Yu
Yu Hakusho, Shurato e Sailor Moon foram alguns dos desenhos que marcaram essa
fase da minha vida. Além de clássicos como Ursinhos Carinhosos, Cavalo de Fogo,
Punky – a levada da breca, e mais tarde Doug Funny, Marsupilami, Timão e Pumba,
Dragon Ball, Sakura Card Captors...
Marsupilami vem correndo pela selva
Mas queeee ca-alda grande
Quanta em-polgação
Mas eu não cresci só com a família da minha mãe por perto.
Tinham as viagens para a cidade do meu pai, onde a gente ficava na casa dos
meus avós e, de noite, ficávamos na praça, com as outras crianças da família –
meus primos e filhos dos primos do meu pai e tal – jogando Pega Bandeira, Sete
Pecados e Queimado.
Em São Félix
do Piauí (cidade enorme! Com 3.069 habitantes segundo o IBGE em 2010.),
durante o aniversário da cidade tinha – está enfraquecendo ultimamente –
corrida de jegue, gincana escolar e escolha de garoto e garota São Félix. Eu
assistia tudo isso de camarote, quer dizer, da porta da casa da minha avó, que
fica na praça central. =P
Eu tenho a força
Sou invencível
Vamos amigos
Unidos venceremos a semente do mal
Porém, nem só de família vive uma pessoa. Então, vamos ao
colégio: Instituto Dom Barreto, um dos melhores do país e minha segunda casa
por longos e maravilhosos 14 anos. Até quando reprovei de ano e continuei lá,
eu ainda gostava do IDB.
Foi lá que conheci os melhores amigos da minha vida! Sei que
não preciso citar nome por nome, pois eles sabem quem são. ^^
Estarei sempre com você
É assim que se deve ser
Te amar
Te compreender
Ser amigos é pra valer
*Relendo o texto...* Gente, a minha intenção não era fazer
desse post uma autobiografia, mas não sei falar de infância sem ser baseada na
minha própria.
Sem dizer que eu assistia a TV Manchete, a Band Kids e a TV
Cruj com meu irmão e primos, no quarto da minha tia, todo mundo sentado no
chão.
Sem dizer que minha Vovó me ensinou muitas das tarefas da escola
e vigiou meus estudos para as provas.
Sem dizer que minha tia e madrinha de crisma me ensinou a
andar na bicicleta de adulto na rua de casa.
Sem dizer que eu ia com meus primos para a fazenda da minha
bisavó e para a casa de praia do Vovô em todas as férias de julhos.
Sem dizer que perdi a conta de quantas vezes fui para casa
da Larissa – BFF forever – brincar com ela e o irmão dela. E deixar a tia
Nildes louca com o cardápio pouco elástico. =)
Sem dizer que eu odiava perder um capítulo que fosse de
Chiquititas e meus primos tiravam muita onda da minha cara por isso.
Sem dizer que eu, Larissa e Isadora – outra BFF – fizemos
nossa própria Hogwarts.
Sem dizer que a minha turma do colégio ia passar o dia no
sítio do nosso diretor – o saudoso Tio Marcílio – porque ele adorava ver os
alunos que tanto amava se divertindo e brincado juntos, sem estar de frente
para um videogame.
Sem dizer que minha infância foi melhor do que eu jamais
poderia imaginar e que eu gostaria que toda criança tivesse uma infância assim.
Faça elevar
O cosmo do seu coração
Todo o mal
Combater
Despertar o poder
E hoje, com 23 anos, eu tenho saudades desse tempo, em que a
gente não tinha preocupações, porque nossos pais eram os adultos e eles que
resolviam tudo.
Para matar a saudade, eu tenho músicas infantis no
computador – como Super Fantástico, os CDs do Cavaleiros do Zodíaco e do
Pokémon, He Man, Toy Story, Rei Leão... –; carrinhos, bichinhos de pelúcia e
bonecas no quarto; CDs das Chiquititas e de Sandy e Júnior; e um livrinho que
ganhei ainda criança.
E quando me reúno com os amigos, a gente joga Imagem &
Ação, Jogo da Vida, Banco Imobiliário. Desencava as músicas da infância. Lembra
de fatos que seriam até constrangedores...
Verdadeira nostalgia.
Músicas:
Abertura de Marsupilami
He Man – Trem da Alegria
Meus Melhores Amigos – Pokémon
Pegasus Fantasy – Angra
Espero que vocês tenham gostado desse post totalmente
nostálgico. A ideia inicial era uma, mas como sempre que eu deixo a mente fluir
na hora de escrever, o texto tomou outro rumo.
*E a bobona aqui, chorando enquanto escreve o post e escuta as músicas de criança.
**Fotos aleatórias que garimpei nos álbuns aqui de casa. Quem quiser saber sobre elas é só perguntar nos comentários que eu respondo.
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