Cole Entrevista #4: Luiza Trigo

, em quarta-feira, 18 de julho de 2012 ,

Vocês já pensaram em como seria entrevistar seus autores preferidos? E conhecer os autores brasileiros?

Hoje, vocês poderão conhecer um pouco melhor Luiza Trigo.


Falem com a autora no twitter: @lulytrigo e no facebook: https://www.facebook.com/luizatrigooficial

Conte um pouco sobre você.
Meu nome é Luiza, mas podem me chamar de Luly. Sou carioca e tenho 23 aninhos. Sou formada em cinema e meu filme favorito é Amelie Poulain. Sou eterna romântica e acredito em príncipe encantado, sim! Eu encontrei o meu! =^^=. Sou uma moleca grande. Quando fico triste faço bico e quando estou animada pulo que nem criança. Sou louca por todos os filmes da Disney, tenho coleção deles e tenho também um monte de personagens de pelúcia no meu quarto. Sou apaixonada por arte e não vivo sem música. Meus hobbies são a fotografia, a pintura (adoooro pintar) e o mais importante de todos: cozinhar! Mas cozinhar doces, viu?! Eu sou viciada em “açúcar”! Cada dia eu invento de fazer alguma coisa diferente. Hoje eu fiz “Macaron”, aquele docinho francês! Ahhh... e escrevo também! (Risos). Adoro inventar histórias e entrar no mundo da imaginação.


Como você entrou no universo dos escritores?
Escrevendo. Eu nunca pensei em ser escritora antes. Eu pensava em trabalhar na TV, ser diretora, mas nunca pensei em escrever (de verdade). Sempre que leio um livro muito bom, fico com um desejo louco de contar uma história também, mas não tinha levado isso a sério até pouco tempo.

O que você sentiu quando seu livro foi aceito pela Rocco.
“Meu Deus!” =^^= Chorei horrores. Foi tudo muito mágico e tudo muito rápido. Dois meses antes de saber o primeiro parecer da editora, eu nunca tinha sonhado em publicar um livro! Eu não sei nem descrever, mas foi incrível, fiquei me beliscando por um tempo para ver se não estava sonhando.

O que te inspira para escrever?
Ler. Como disse, quando leio um livro, fico com vontade de contar histórias. Às vezes porque fiquei insatisfeita com alguma coisa ou porque aquilo ali plantou alguma sementinha em mim.

Fale um pouco de Carnaval.
Carnaval nasceu, justamente, de uma insatisfação com Crepúsculo. (Calma, leitoras, não me odeiem). Eu adorei ler os livros e me apaixonei pelo Edward como todas vocês. (Apesar de não ter gostado daquela história de mudar o ponto de vista para o Jacob, achei um saco). Mas a insatisfação veio porque eu queria ter aquele vampiro para mim, mas não podia encontrá-lo na rua, pois “vampiros não existem”. E isso me deixou muito nervosa, porque se não fosse vampiro, não seria como o Edward e com isso, não iria querer. Daí nasceu a necessidade de ler uma história onde eu pudesse me apaixonar pelo personagem e encontrá-lo na esquina, na praia, no shopping. Só que eu transformei, não sei como, essa vontade de ler em vontade de escrever e criei o Felipe. O primeiro passo para o livro Carnaval.


Como escritora encubada, eu sei que os personagens sempre têm algo do autor. Então, o que a Gabi tem de você?
Quase tudo. (Risos). A Gabi é meio atrapalhada como eu, viciada em doces, adora dormir, ama Recife, apaixonada por artes, cinéfila e enlouquecida por Amelie Poulain e Pollock, apesar de agora eu ser mais louca por Kandinsky.
Ela é muito determinada também, quando quer vai atrás. Eu sempre tentei fazer isso. Sempre acreditei que é muito melhor se arrepender do que a gente fez do que se arrepender do que não fizemos. Aquele “E se...” é muito chato. A frase que eu dizia para as minhas amigas é “Não arriscar nada é arriscar tudo”. Sempre achei que devemos nos jogar e encarar tudo e foi o que a Gabi fez, apesar do medo de se apaixonar, que também sempre foi um medo que eu tive. E o físico dela: apesar dela ser pequenina, coisa que não sou, ela tem um pouco de mim também, mas isso aí nasceu de uma inveja minha, pois queria estar vivendo o que estava acontecendo com ela, então, para me sentir mais na história, descrevi algumas características similares as minhas. (Risos)

O Felipe foi inspirado em alguém que passou ou está na sua vida?
Felipe foi inspirado em quatro caras que tinham estado na minha vida naquele ano. Não, necessariamente, tivemos uma relação, mas que me marcaram de alguma forma. Um deles era meu vizinho e eu era caidinha por ele, a gente se paquerava no prédio, na rua, no metrô, mas nunca nos falamos. O Felipe, por exemplo, tem o físico dele. Os outros três ajudaram na personalidade e misturando 20% de cada um com mais 20% da minha própria personalidade e mais uma pitada do cara ideal (na minha opinião, é claro), “voilà”, nasceu Felipe. (Risos) Mas hoje eu digo que, na verdade, foi um pedido por escrito, pois achei o meu Felipe há pouco tempo e podem ter certeza, não largo nunca mais. =^^=

O Mateus – eu adorei ele!!! (por isso a pergunta direta, quero um desses para mim ^^) – é inspirado em algum de seus amigos?
É. Ele é inspirado em um primo meu. Ele inclusive é um dos “caras” que me ajudaram a criar o Felipe (um dos 20% - risos) e um também que não tive relação nenhuma, além da amizade. Mas ele sempre foi esse cara muito especial e super divertido, ele tem o seu charme e é aquele amigo que você pode contar para tudo. Mas, sinto muito, meninas. Ele está casadíssimo. (Risos)

Além da Gabi e do Felipe, qual é seu casal preferido?
Elizabeth Bennet e Mr. Darcy!

Há novos livros em andamento? O que podemos esperar para o futuro?
Podem esperar a continuação de “Carnaval”, que espero entregar até o final de agosto! (Vamos cruzar os dedos). Ele está todo escrito, mas preciso revisar e mudar algumas coisinhas. Estou finalizando uma história agora, bem diferente de Carnaval, mas acho muito legal, só acredito que seja para um público mais jovem. E tem mais dois projetos que já estão aqui esperando a vez, mas como estão muito no inicio, vou deixar como segredo. (Quem sabe na próxima entrevista).

Quais dicas você daria para quem quer escrever profissionalmente?
Percam a vergonha! Temos que mostrar nosso trabalho para os amigos e familiares. Eles são nossos primeiros leitores. Coragem! Temos que aceitar receber as críticas e com elas melhorar nosso trabalho. Força de vontade e nada de preguiça! Ser escritor não é moleza, não. Justamente por ser um trabalho solitário e sem um local “oficial”, a preguiça aumenta. Eu sei bem como é, ainda moro com meus pais e meu “ambiente de trabalho” é o meu quarto e, muitas vezes, a minha cama me chama. (Risos). Por isso a força de vontade e, principalmente, ser organizado, se dar horários ou fazer planejamento. E por último, deixe a criatividade rolar solta, sem medo do que pode acontecer. Uma frase que meu professor de roteiro sempre falou e que eu adoro é: “Escreva como hippie e edite como fascista”.


Que tipo de literatura te atrai mais?
Ah, eu gosto de tudo um pouco, menos auto-ajuda. (Risos).
Gosto dos romances “românticos”. Gosto de histórias de amor, de me apaixonar pelo personagem, sofrer e amar junto com eles. Livros de época, voltar no tempo e ver como era antes, o vestuário, os passeios a cavalo, o jeito diferente de falar. Adoro os fantasiosos também, Harry Potter marcou minha adolescência (amo demais), O Hobbit, Jogos Vorazes, Alice no País das Maravilhas.
Mas também amo Mario Quintana e Marta Medeiros. Ih, eu sou uma confusão.

Que autor (es) serve (m) de fonte de idéias para você?
Jane Austen (ponto final - risos). Não escrevo como ela, mas está dentro de mim sempre. Ela é puro “amor”. E é esse é o ponto principal das minhas histórias. E cada história que crio, acredito que tem um pouco do autor que eu estava lendo antes. Como, por exemplo, “Carnaval” que carrega um pouco da Stephenie Meyer.

Tem algum livro que você leu e não esquecerá jamais?
Orgulho e Preconceito!  Jamais esquecerei! (Risos)

E que personagem (ns) você considera inesquecível (eis)?
Mr. Darcy, os irmãos Weasleys, Sirius Black… (ah, são muitos personagens do Harry Potter), Michael Moscovitz =^^=, Emma, Romeu e Julieta... São muitos e só estou pensando nos livros, hein?! Se for pensar em filmes, fico aqui até amanhã.

Deixe uma mensagem aos Colecionadores de Histórias.
Deixo um beijo carinhoso para todos vocês. Espero que tenham gostado da resenha e da entrevista. Carnaval é meu primeiro livro e cuido dele como quem cuida de um filho, mas mais do que isso, gosto muito de conversar com vocês, “cuidar” dos meus leitores, pois vocês são muito importantes para mim. Continuem lendo, pois sem a leitura não crescemos, não evoluímos. Mesmo sendo um livro bobo ou de passatempo, eles sempre nos tiram de nossa realidade e nos dão experiências novas. Obrigada pela atenção de todos e quem quiser falar comigo é só me seguir no twitter e na página do Facebook. Eu sempre respondo, não é Camila? :P

Depois de todas essas respostas super atenciosas e fofas, eu preciso me manifestar! A Luly responde sempre e com a maior boa vontade! E eu me identifico com muita coisa que ela disse, tipo que só escreve quem lê e com todos os personagens preferidos de Harry Potter e o Michael... E chega que a entrevista foi com a Luly e eu não tenho nada que ficar enchendo a paciência de vocês. ^^

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