Cole Entrevista #2: Maurício Gomyde

, em terça-feira, 21 de fevereiro de 2012 ,
Vocês já pensaram em como seria entrevistar seus autores preferidos? E conhecer os autores brasileiros?


Hoje, vocês poderão conhecer um pouco mais de um autor brasileiro.



Maurício Gomyde nasceu em São Paulo, capital. Seu pai é engenheiro e a mãe pianista. Quando tinha 3 anos, o pai foi chamado a trabalhar no Ministério da Indústria e Comércio foram todos pra Brasília. Culpa da mudança da capital...
Considera Brasília estranha, mas se vê como natural de lá e afirma não mudar nem por decreto. É são-paulino, geminiano, escritor, músico (compositor, baterista, vocalista). Autor dos livros O Mundo de Vidro e Ainda não te disse nada (resenha aqui).

Para saber mais, visitem http://www.mauriciogomyde.com/

1. Conte um pouco sobre você.
É sempre difícil falar de si, sei lá. Acho que a percepção que nós temos de nós mesmos é tão particular que, se formos sinceros, ninguém vai dar nenhum crédito...rs. Mas, de forma geral, sou tranquilo, simples, família, gosto dos amigos, de música, de escrever, de contar e ouvir histórias. Acho que a vida é curta e cada dia tem que ser vivido intensamente, sempre em busca de surpresas.

2. Como você entrou no universo dos escritores?
Acho que foi um processo natural na minha vida de leitor que ficava lendo e imaginando “como é que esses caras conseguem escrever tantas páginas?”...rsrsrs. O fato é que eu não demorei muito a sentar e escrever, desde quando decidi que tentaria. Eu pensei numa história (que foi a do “O Mundo de Vidro”), sentei e escrevi. Com o tempo, a gente vai aprendendo as técnicas, as melhores colocações de frases, vai descobrindo o próprio estilo e daí fica um pouco mais fácil.

3. Como é a busca por editoras?
Não sei, porque ainda não busquei...rs. A minha opção pela publicação independente é bem consciente, mas não descarto a hipótese de entrar em uma editora, se for algo bem legal para meu trabalho.

4. O que te inspira para escrever?
Sempre me inspiro em pessoas que conheço, em situações que vivi, em coisas que li. Não conseguiria, e nem teria competência, para escrever literatura fantástica, por exemplo. Não saberia criar um mundo, uma linguagem, personagens diferentes do que seria possível encontrar ali na esquina. Acho que as pessoas se identificam com isso também, porque, inclusive, podem se imaginar vivendo aquela situação.

5. Quais dicas você daria para quem quer escrever profissionalmente?
Acho que a pessoa deve estudar a arte da escrita, as técnicas, a forma de conduzir uma história, como se constrói personagens, etc. Há muita literatura boa sobre isso no mercado. E então sentar e escrever sobre aquilo que a move, sobre aquilo que conhece, sobre aquilo que vivenciou ou teria vontade de vivenciar. Facilita muito.

6. Que autor (es) serve (m) de fonte de idéias para você?
Ih, são tantos! Gosto tanto dos autores nacionais (Luis Fernando Veríssimo, João Ubaldo Ribeiro, etc.), como os de fora (James Patterson, Nicholas Sparks, Nick Hornby, Salinger, etc.). O que vier eu traço. Todo mundo sempre tem uma boa história pra contar.

7. Que tipo de literatura te atrai mais?
Gosto muito de livros de comédia-romântica. Acho que transpus esse gosto do cinema para a literatura. Livros leves, divertidos, daqueles que se lê deitadão numa rede...rs. Mas já li os clássicos, já li livros densos e profundos também, e eles são bons para você formar suas ideias de mundo, seus conceitos.

8. Há novos livros em andamento? O que podemos esperar para o futuro?
Estou escrevendo um no momento, e pretendo lançá-lo em novembro de 2012 (dizem que o mundo acaba em 2012, mas eu espero que seja, pelo menos, depois do lançamento do meu livro...rs).  Minha ideia é tentar lançar um por ano. Vamos ver se consigo.

9. Tem algum livro que você leu e não esquecerá jamais?
Acho que o “O Apanhador no campo de centeio”, do Salinger. Adoro aquele livro, tanto pela linguagem quanto por todo o folclore que criado em cima dele.

10. E que personagem (ns) você considera inesquecível (eis)?
Cito o Holden Caulfield (do Apanhador...) e também o Rob Fleming (do Alta Fidelidade). Ah, sem me esquecer do “Ele” (O Mundo de Vidro). rs

11. Quer deixar alguma mensagem aos Colecionadores de Histórias?
Colecione! Colecione as boas histórias das suas vidas, faça com que sejam inesquecíveis. Nossa vida, em geral, é uma rotina entediante entremeada por poucos momentos realmente memoráveis. Tente ter muito mais momentos memoráveis, porque, aí, sim, a vida terá valido a pena. Faça de sua vida um livro, do gênero que mais lhe agrada. Eu faço da minha uma comédia-romântica, e garanto que é muito divertido. rs

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