Resenha #24: A Dama da Ilha - Patricia Cabot

, em sábado, 7 de janeiro de 2012 ,
Editora: Essência
Páginas: 317
Ano: 2011

Sinopse (Skoob):
O Marquês de Stillworth, Reilly Stanton, quer reconstruir o seu orgulho ferido comprovando para todos e para si mesmo que é um verdadeiro herói e não um bêdado inútil como afirmou sua ex-esposa. Ignorando todos os conselhos sensatos que recebeu, o londrino Stanton assume um posto médico na remota Ilha de Skye convencido de que pode conviver com as condições de vida, digamos... primitivas. É aí que conhece a senhora Brenna Donnegal, e por mais que tentasse, Stanton não consegue ignorar aquela bela mulher. Ela ocupou o antigo papel do pai como médica local da Ilha, e está mais do que irritada por encontrar Dr. Stanton assumindo seu trabalho e a casa de campo de seu pai. Por bem ou por mal, ela dará o castigo merecido ao usurpador. Mas o que começa como uma faísca de um cabo de guerra entre dois corações orgulhosos logo inflama no fogo ardente da paixão.

O Marquês de Stillworth, ou melhor, o Doutor Reilly Stanton chega em Skye, uma remota ilha da Escócia, com a intenção de exercer a medicina cuidando de pessoas humildes, para provar à sua ex-noiva que a vida dele é realmente como médico e não como mais um nobre de cabeça fresca.
Na verdade eu passei o livro inteiro achando que ele queria provar isso para si mesmo.
Em Skye há uma jovem senhorita que cresceu na ilha e cuida dos moradores de lá desde que seu pai viajou com o resto da família para a Índia. Ou melhor, desde que voltou de Londres – para onde foi enviada pelos pais antes da viagem –, fugindo do tio. Ela é Brenna Donnegal e gosta de usar calças masculinas pela praticidade da referida roupa.
Reilly vai para as Terras Altas contratado por Ian MacLeod, Conde de Glendenning, que tem intenção de casar-se com a senhorita Brenna. O lorde quer que Stanton assuma a prática da medicina e fique com a casa em que Brenna reside, para que ela – ficando desamparada – termine por recorrer à “bondade” do conde e assim ele consiga, enfim, conquistá-la.
O que ninguém sabe é que a senhorita Donnegal voltou para Skye não só porque detestava Londres, como também para continuar a pesquisa de seu pai.
De início, Glendenning convence Reilly de que Brenna é louca, pois a jovem anda pelo cemitério da cidadezinha durante as noites de lua cheia. Mal sabe o conde que está aproximando Stanton da única moça por quem este poderia se apaixonar depois de ser abandonado por sua adorada Christine.
Stillworth é muito bem recebido em Skye, apesar de não conseguir conquistar a confiança dos moradores para que estes se permitam ser cuidados por ele logo de cara. Mesmo depois de algum tempo e de Brenna estar encaminhando todos que a procuram aos cuidados dele, alguns ainda são reticentes. Mas todos o recebem e acolhem como amigo da comunidade rapidamente.

Há dois focos centrais nesse livro:
O foco de Reilly Stanton, um lorde inglês que se sente melhor em meio a pessoas humildes e que precisam de cuidados. Que quer ser reconhecido pela sua profissão e não pelo título que herdou. Que realmente estudou durante seu curso na faculdade e não o levou apenas por diversão como vários de seus amigos.
O foco de Brenna Donnegal, uma jovem dama que gostaria de seguir os passos do pai na medicina, mas que não pode por ser mulher. Jovem determinada que faz o que quer sem pedir permissão a quem quer que seja e que chega ao que almeja.

A história é ótima com uma mocinha forte e determinada e um mocinho que não é nem babaca nem retardado, como alguns que a gente vê por aí.
O que achei ruim nesse livro de Patrícia Cabot – pseudônimo usado por Meg Cabot para escrever romances de época adultos – foi a repetição. Os personagens são muito repetitivos: Reilly está sempre pensando no que Christine diria disso ou aquilo, Brenna e seu segredo sobre as pesquisas que anda fazendo e MacLeod com sua fixação por casar com Brenna.
As coisas demoram um pouco a acontecer, mas o livro é divertido e no final tudo se resolve de maneira satisfatória e engraçada até.
Stanton tem dois amigos que se formaram com ele e são engraçados, apesar de um pouco bobos e serem bons exemplos de nobres que faziam cursos superiores para terem mais um título. Mas até que eles são bem úteis em determinado momento da história envolvendo uma bala de rifle.
E é muito bom acompanhar o amadurecimento de Reilly.

Nota: 4/5.

Camila Araújo

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